13/11/2010

Nas livrarias

Eu não sei encenar, bem que gostaria. Não sei paquerar, só depois de uns "goró". Não sei fazer o que está no manual da conquista, queria aprender só para você reparar em mim. Tentaram me avisar que você jamais me olharia, apenas acharia engraçado tudo isso. Tudo isso que sinto.
Quando te via conversando tão espontaneamente com outras meninas batia uma inveja delas. Comigo você timidamente falava um "oi, tudo bem?" e logo saía. Será que estava escrito na minha testa: "Gosto de você, corra!"?! Se não estava parecia (risos). Não seria por isso que pensaria em perder a única oportunidade de cumprimentá-lo, mesmo que por 10 segundos cronometrados.
Por algum tempo alimentei meus sentimentos, sempre "viajava" quando do alto te admirava. Você e seu brinquedinho, no mínimo engraçado. Aposto que era para não ficar entediado. Quando friamente me disseram "Ele vai rir de você" meu mundo caiu. Parei. Repensei e voltei atrás, não queria mais sentir nada por você, nada. Por algum tempo eu insisti em esperar, mas eu precisaria ser corajosa demais. A fé que eu tinha não bastava.
Desviei meu olhar. Busquei atalhos. Em uma noite eu percebi que não daria mais para fugir você estava nos meus sonhos, e como se não bastasse ainda sonhava acordada. As lembranças são tantas, vivi poucos momentos ao seu lado mas guardei todos os outros em que atuei como coadjuvante.
Não sei o nome que dou para o que sinto. Amor é tão forte que não ouso pensar, gostar é pouco demais. A minha certeza é que esse misto de prazer e agonia me faz sorrir. Se eu dissesse que isso basta estaria mentindo, não basta. Vivo um futuro que só pertence a mim, onde você está presente. Não é justo, né?! Não comigo. Quem sabe se um dia, quando eu crescer e junto comigo a maturidade, quem sabe nesse dia consigo ver o que está diante dos meus olhos, um lindo romance nas prateleiras da livraria.

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